D'propósito

19 de fevereiro de 2013

Literapia


*“Ele te aproxima do que você foi e da melhor parte que guarda em você. Porque de alguma forma ele te faz querer as coisas que sempre quis e que por descuido esqueceu.”

-              -  Você pode ler de novo pra mim.

“Ele te aproxima do que você foi e da melhor parte que guarda em você. Porque de alguma forma ele te faz querer as coisas que sempre quis e que por descuido esqueceu.”


E me pediu mais um vez, mais uma vez, quando chegava perto da sexta ou sétima releitura me olhou, passou as mãos no cabelo e disse.

-              -  Eu podia ser cruel com você e pedir pra você reler até conseguir ver e admitir, você não percebeu ainda?


Levantei as sobrancelhas e não disse nada.


-              -  Você o ama! Tá mais do que claro que você o ama.


Seguido de uma respiração longa e um silêncio, balançando a cabeça negativamente.


-           -  E agora? O que eu faço com esse amor?

         - Garçom, por favor, você fecha a conta pra gente!




Pra isso, ninguém tem a resposta de bate pronto. O que se faz com o amor é um prazer e problema de cada um. Se achar que a vida pode ser um filme, abandone tudo e corra atrás, só não crie expectativa de final feliz, filmes acabam e amores também. Paulo Mendes Campos já proclamou que O Amor Acaba, aí então, é que a arte se inicia.



*citação das aspas do livro: Sexo, Champanhe e Tchau, Mônica Montone.