D'propósito

25 de agosto de 2010

O D’propósito em suas mãos e na sua estante!

2047 era o meu prazo! Esse foi o tempo que determinei para escrever meu primeiro livro, como descrevo na bio aqui ao lado. Enquanto isso já rabisquei de ter os textos impressos com os fanzines publicados e doados nas festas de aniversário do blog. MAS, eis que o livro pode chegar antes e com a ajuda de vocês, leitores d’propositados e queridos.

Esse meu ensaio (quase diário) no blog pode virar livro com o 2º Prêmio Blog Books, que vai eleger dentre cada categoria, o blog que merece virar livro. O D’propósito está concorrendo na categoria Universo Feminino e precisa do seu voto e de mais de um monte de gente para ele sair da tela do computador e virar papel com capa dura e autora feliz!

2047 pode ser agora, então, você que já me escreveu perguntando se tenho livro publicado ou me pedindo para escrever, essa é a hora. Enquanto a obra de 2047 não chega, vamos tranformar o D’propósito em livro? Ajuda aí, vai, e faça eu e minha família mais feliz.

É só clicar nesse selo, você pode votar quantas vezes quiser. O selo também vai ficar aqui ao lado, para sempre que vier d’propositar poder votar sem dificuldade nenhuma.

Axé, saravá, sorrisos largos, vamo que vamo e Amém!






PS. Eu só fiquei sabendo do concurso pelo Rics, do Colcha de Retalhos, que também está concorrendo na categoria Universo Masculino.

20 de agosto de 2010

Despedida



O fim tem hora marcada. É pontual quando o reencontro depois da longa distância não é ofertado com sorrisos. E Ele sem atrasos a esperou para a despedida. Sem delongas, mas ainda desviando o olhar com o livro emprestado por ela nas mãos, Ele disse:


- Tentei achar uma crônica, um poema, qualquer frase para esse momento. Não consegui.


Cheia de calma e segredo deixou seu coração responder no abraço e Ela contestou num tom de silenciar:


- *A despedida não é lugar para a poesia.


Esperou Ele se espantar e continuou.


- Página 261, última linha.


Ela lhe deu o último beijo nos lábios secos, virou as costas e foi viver na literatura.




* "A despedia não é lugar para a poesia", é uma citação do livro A mulher Perdigueira, de Fabrício Carpinejar.

9 de agosto de 2010

Aniversário!



O tempo não é nada além do vento, ele passa e a gente sente, sim. As marcas são visíveis, ficam na pele e nos textos. O D’propósito que o diga, ao completar hoje três anos colecionando histórias e amadurecendo a cada uma com o livre exercício da escrita e de todo fato, ficção ou pensamento reciclável. Esse sempre foi o propósito do blog, que pela primeira vez em seus três anos, não faz festa de aniversário. Por um motivo simples: as crônicas diárias andam quase quinzenais, quando não mensais. Caiu o ritmo de produção, logo, achei que não tinha nada a ser comemorado. Porque festa sem fanzine, com textos velhos ou novos, não faz sentindo.

O ano passado a festa foi de arromba com direito a casa fechada e show de Roberta Campos e Seis Sextos, esse ano o parabéns é intimista e a comemoração são as palavras para não esquecer.
Eu poderia dizer que o tempo passou rápido demais, mas lendo o arquivo do blog notei como ele [o tempo] caminhou e como o D’propósito teve momentos memoráveis. Me diverti com o que não lembrava, morri de vergonha de algumas passagens e li e reli alguns muitas vezes, admirando minha criatividade em determinados momentos. E tão gostoso quanto relembrar os textos é ler os comentários. Deu saudade, como normalmente o passado faz. Dia de aniversário é também dia de sentir saudade e de alguma forma matá-la.

Aos leitores fiéis que acompanham e me pedem para despejar uma letrinha que for, comemorem comigo! Ao apagar as velas vou desejar que mais textos sejam publicados, ou que eu ganhe mais tempo para escrevê-los, assim como o novo layout que estou planejando para as próximas semanas.

Mas, durante o tempo que dediquei visitando os arquivos percebi como gosto de histórias difíceis. Histórias que eu tenha que desatar o nó, reescrever sempre um novo começo, inventar uma nova história, arrumar um motivo e ter dois para pedir desculpa! Como gosto de histórias que sobem a ladeira e descem de braços abertos, sem apertar o freio e segurar o grito. Histórias que me arrepiem com o vento, com a expectativa, com as perguntas e as respostas. Como gosto de história para escrever, para contar, para transformar. Eu adoro os começos inabaláveis, aliás, eu gosto de histórias em todas as fases, até no seu fim. Quando eu posso contá-la com precisão.

No D’propósito é assim, a história é o amadurecimento guardado nas marcas de expressão transformadas em palavras.

Durante três anos ganhei e perdi leitores. O mais fiel acha que o blog sempre teve um caminho: ele. Tem leitora que gosta quando escrevo sobre sexo, tem leitor que não se manifesta, mas não perde um post. Alguns não perdem porque gostam das palavras, outros acompanham só para saber a próxima fábula. Cada um com seu motivo e o blog com todos continua assim, uma grande mentira sobre toda a verdade do cotidiano.

Pelos três anos, axé, saravá, amém e amem!

D’propósito! Palavra do verbo d’propositar; daqueles que d’propositam diariamente ou não, as crônicas diárias de tudo o que vem depois.