D'propósito

30 de setembro de 2008

Cantei, cantei




Samba e bossa foram às letras e melodias que minha voz percorreu no Encontrão Autoral, que reúne novos compositores, poetas e artistas para dividirem suas músicas e arte.

O lema lá é: não importa se você tem três anos ou três meses. O fato é que eu tinha apenas três minutos de experiência na música. E, tenho pra mim, que a insegurança e a inexperiência eram aparentes. Mas, sem pensar no tempo, eu não fiz outra coisa senão sentir a música e cantar naquilo que eu acreditava.
Acompanhada do toque perfeito e brando do violão de Roberta Campos, cantei com a inexperiência que me foi permitida.

A adrenalina e emoção foram imensas, tanto que, não consigo me lembrar das expressões das pessoas (acho que isso se deve ao simples fato que canto mais de olhos fechados do que aberto), mas a sensação de ter todos os olhos e ouvidos voltados pra você é tão prazeroso quanto, o samba que envolve e a bossa que conduz a leveza dos sentimentos.

Quando desci do palco vi inúmeros sorrisos e escutei os parabéns que me deixaram satisfeita. Rubens Abrão, por exemplo, que fez as melhores fotografias minhas em cima do palco, achou que eu já havia cantado antes. Ledo engano, eu nunca tinha cantado, mas agora que provei e gostei, quero voltar e mostrar todas as minhas músicas. Melhor espaço para isso do que o Encontrão Autoral, não existe.

Ps. Assim que receber os vídeos eu subo eles aqui.
Ps.2 Meu eterno agradecimento a Roberta e um muito obrigado ao Rubens, meu novo fotógrafo. ;)
Ps.3 Outras fotos, lá no orkut. Pra me achar só clicar na comunidade do D’propósito, na parte de cima do blog.


Axé, saravá, sorrisos largos e amem

29 de setembro de 2008

A história

Um dia todo o amor que existia acabou. Depois, foi escrito pra virar novela e, finalmente, ter um final feliz.

26 de setembro de 2008

Canta, canta minha gente

Martinho da Villa diria, ou melhor, cantaria assim. Mas agora, quem vai cantar sou eu. O improvável aconteceu graças a cantora Roberta Campos, que me levou para o encontro de novos compositores e está me conduzindo para o palco. Ela está acreditando em mim, por isso amanhã apresento minhas músicas. Essa é a primeira vez que canto em público, ou para um público de verdade, mas não estou sozinha, Roberta sobe ao palco no violão. O medo e ansiedade estão percorrendo meu corpo, e espero que hoje depois do ensaio passe ou, pelo menos, diminua.
Amanhã às 16h eu me arrisco e canto minha poesia no Espaço Cultural Vó Lolla, na rua Frei Caneca, 703.

Pelo menos os males, hoje e amanhã, eu vou espantar bastante.

25 de setembro de 2008

Quarta-legal

Como esperava, o dia ontem foi corrido e muito bom. Depois da entrevista bacana com o Heródoto Barbeiro, corri para ver a Rosana Herman e a Tati Bernardi. Rodrigo me levou a mal porque não falei com ele nos corredores da TV Cultura. Mas, isso só foi a pressa de chegar para ver o debate, que por sinal foi muito proveitoso.

Depois do debate, eu como querida leitora da Rosana a observei bastante, pensando também, como chegar nessa figura toda comunicativa. Além da Herman fiquei olhando bastante a Tati e imaginando todas as aventuras que conta em seu site.

Assim que senti a brecha, cheguei e me apresentei pra Rosana, com um sorriso largo, daqueles que gosto de receber e distribuir; ela ficou batendo um papo pra lá de bacana e longo comigo e com a Suellen. Em seguida a Tati também entrou na conversa e tudo fluiu melhor do que imaginava.
Presenteie-as com o fanzine de aniversário de um ano do blog e parecem ter gostado. A Rosana até fez um post em seu blog falando sobre o zine e eu. Veja aqui.
As duas são justamente como imaginei, simpáticas, queridas e atenciosas . A Tati ainda foi muito gentil em me convidar para jantar, não pude aceitar, mas da próxima não recuso o convite.

Olha que clima bacana e dia feliz o meu.


Rosana e eu posando para minha máquina, enquanto outra nos pegava.

Tati e eu

Barba, cabelo e bigode com o professor Heródoto

ps. outras e mais fotos no blog da Rosana.

24 de setembro de 2008

Teoria acima do peso

Nos últimos tempos a temática gordos e gordinhos tem sido freqüente na vida dessa que vos fala. Não que ela esteja acima do peso, isso não. Aliás, é invejada pelo tamanho do prato e pelo pouco peso que carrega. Para alguns gordinhos, isso soa como provocação. Mas rebato e falo que é da natureza. Assim como alguns nascem para serem gordinhos. Fato.

Foi mais ou menos assim que expliquei para uma roda de amigos (homens) que não são gordinhos, ao que argumentaram que os gordinhos são os gordos baixinhos. Errado. A política de bar e minha experiência na observação humana me fazem quase uma especialista em gordinhos. Então, retruco e vou contra a teoria básica dos baixinhos que estão acima do peso. Claro, existem esses: baixos + gordos = gordinhos. Mas não é a única matemática e a única espécie de gordinhos. E já digo logo: esse é um trabalho baseado somente nos corpos masculinos. Afinal, para tratar do corpo feminino apenas uma teoria não basta, o que por sua vez, me levaria a atravessar a história, e nesse caso, vou apenas tratar de uma história.

É muito fácil de identificar o gordo; é aquele que anda com a sua dificuldade - correr nem pensar - e sua barriga já não aponta para o horizonte, direciona-se para o chão. Falo desses que estão no topo da categoria gordo, sem adjetivos ou carinhos próximos como gordinho. Um querido professor, que agora vive em terras londrinas, já disse uma vez que o politicamente correto no caso dessa categoria é nomeá-la de obesos. Agora, pense em você gordo sendo chamado de obeso: parece que tem o dobro do peso que o seu corpo pesado possui. Eu acharia uma ofensa, e nessa política, diga-se de passagem – mas de passagem mesmo - eu entendo.

Passados os gordos, chegamos à classe dos gordinhos. Além de uma maneira carinhosa de tratar essas espécies que, na maioria das vezes, tendem a ser carismáticas, os gordinhos chegam a ser os semi-gordos. Sim, aqueles que já saíram da casa dos esbeltos e mudaram-se para a casa dos que deixam escapar uma barriguinha aqui, uma gordura acolá. No começo eu contra-indicava essa idéia de semi-gordos, mas agora, sou adepta. Concordo com a teoria e com a prática. Não que tenha praticado, mas existem certas teorias que dizem tudo, sem nem mesmo cogitar a praticidade delas. Por exemplo, entendi bem e virei quase doutora no assunto, depois do nosso amigo Nelsomotta - como diria o grande Tim Maia - escrever a biografia Vale Tudo do gordo mais querido do Brasil e do ídolo do soul-funk.

Tim Maia era o exemplo máster do que é ser gordo; com suas citações e teorias não poderia definir melhor essa categoria que a mídia não aceita e a sociedade a pré-conceitua. Entre as palavras do ídolo carioca e a prosa de Nelson Mota, compreendi a prática quando o velho Maia disse: “Gordo, se trepa não beija, se beija não trepa”. Isso é tudo. “Como tudo é tudo e nada é nada”, compreendem?Explico. Na primeira citação, Tim define a dificuldade do sexo para o gordo, e, é exatamente aí que consegui esclarecer a grande diferença entre o gordo e o gordinho – ou semi-gordo.
O gordinho trepa e beija, sua barriga ainda não atrapalha em quase nada. O gordo não, ou só trepa ou só beija. Agora, quanto à qualidade, medida e largura do membro e sexo dos gordos e gordinhos, isso já é um estudo que vai além e eu não posso comprovar.

Lembrando bem, que todas as conclusões foram tiradas segundo os estudos Maias, pois sou apenas uma discípula da música do Sebastião Rodrigues Maia e das narrativas de Nelson Motta.

Pra hoje

À tarde um papo com Heródoto Barbeiro, começo de noite encontro com Rosana Herman e Tati Bernardi e, por último, o final de noite o encontro é com ele

Provavelmente amanhã o D’propósito chega com boas noticias ;)

23 de setembro de 2008

Antes de dar boa noite...

- Mãe ?
- Oi
- Acho que quero ser cantora
- Hmm.
- É tão legal, já imaginou sua filha cantora ?
- Não.
- Mas mãe, você acha que posso ser cantora?
- Acho que sim.
- Que bom!
- Mas se eu fosse você ficava no jornalismo mesmo, é melhor.
- Não vou largar, ainda.
- Pra viver de música você precisa de alguém que te banque, nesse caso você não vai ter.
- Mãe, mas no jornalismo eu também, provavelmente, vou precisar de alguém que me banque. Tá achando que vou ganhar bem ?
- Eu esperava que sim, mas de repente, vai que você da sorte, ou então, arranja dois empregos.
- É, vou pensar em outra possibilidade.
- Pensa.
- Ah, mãe ?
- Que ?
- Sábado eu me apresento num café.
- Como assim se apresenta, Camila ?
- Vou cantar.
- Você é maluca ?
- Ué, você não disse que eu podia ser cantora ?! Então, vou cantar. Já ta marcado, não tem como desmarcar.
- Meu D’us.

Rárá. Fundamental, apoio maternal é tudo.

19 de setembro de 2008

Ausência

Eu explico, o tempo para as crônicas, que não andam nada diárias, foram trocadas pelo tempo de compor. Hoje eu escutei Chico dizer que ou ele compunha, ou ele escrevia; comigo não tem sido diferente – não que eu esteja me comparando ao Chico, não. Estou no meu momento musical e, agora, acabo de terminar mais uma música. Mais uma vez é o nome, provisório, isso porque a minha indecisão para títulos demora a ser decidida. E, aproveitando que falo de composição e música, amanhã vou junto com a cantora Roberta Campos e amigos, num encontro de novos compositores. Depois eu conto os propósitos aqui.

Axé, saravá, sorrisos largos e amem.

ps. É amem mesmo, não é amém não.

16 de setembro de 2008

Previsão

Além de dias frios, cobertos de preguiça e fome, a previsão é de macarrão e fast-food para toda semana. Minha mãe viajou para o Rio, virei babá do meu cachorro e do meu irmão. E, enquanto ela aproveita o melhor de Copacabana eu suporto os cariocas, aqui mesmo, em São Paulo.
Nada, absolutamente, contra os cariocas, mas alguns conseguem me deixar realmente mal-humorada.

E pra vida não ficar chata, um pouco de humor com Danilo Gentili, que o querido Pedro Torres indicou.


12 de setembro de 2008

Agora, sim

No mesmo canto doce de sempre, a quase-carioca Roberta Sá chega com nova temporada de shows e música inédita. “Agora Sim” é uma parceria entre ela, Pedro Luís e Carlos Rennó. Um samba delicioso que você pode conferir no vídeo abaixo, ou no show de amanhã no CitiBank Hall, aqui em SP.
Eu ainda não tenho ingresso, mas estou aberta a convites.
;-p





ps: reparem no final do vídeo quando uma moça da platéia grita, “bem vestidaa”. É, mais do que talento musical parece que, a moda também é acessório fundamental para provocar ovação do público.
E para quem interessa, as roupas de show da Roberta – e também do seu dia-dia – vem da loja Têca Têca, da estilista Hêlo Rocha, que também é irmã da cantora.

10 de setembro de 2008

Tudo decidido e nada resolvido

Eu sonho com o dia que eu não precise depender do transporte público para não enfrentar gente fedida e mal educada, e também, sonnho com dia que puder viver de música e ficção. Sim, como ofício, prazer e renda, porque estou pensando em abandonar o jornalismo - não o curso, afinal, estou a um passo e meio de me formar, logo, minha mãe não permitiria tamanha insanidade e acho que nem eu teria a coragem.

Eu não estou decepcionada com o curso, nem com a profissão. Quando decidi ser jornalista (isso foi na 7ª série, com 12 anos) eu queria viver de escrever e fazer umas matérias superlegais. Nunca tive a perspectiva de mudar o mundo, revolucionar a imprensa e ser uma utópica, como a maioria dos professores de jornalismo nos definem no primeiro ano, e de repente, até no último. Não, eu nunca fui sonhadora, não pra isso. Não sei explicar exatamente o que e por quê, mas estou certa que minha certeza na profissão, agora, é duvidosa. No momento eu apenas desejo e sonho muita coisa, envolta disso tudo está a arte. E, no momento dos meus anseios, recordo exatamente a cena e a frase que marcou minha vida. No 3º ano do colégio, uma professora, olhando nos meus olhos e me colocando a dúvida sobre a profissão disse, "todo jornalista é o artista frustrado". Na hora as palavras não sorveram o efeito que tem me causado nos últimos meses. Não sei porque, mas meu cérebro guardou as palavras da sábia mestra e acho que a frase faz mais sentido agora, do que antes.

De repente eu me descobri compositora e pseudo-cantora, querendo voltar para o teatro imediatamente, sonhando com cinema e de quebra, podendo ganhar a vida, escrevendo ficção e roteiros. Mas, entre sonhos e desilusões, vou sobrevivendo no meu momento irritadiço e indefinido, que pra ajudar o meu pequeno-mau-humor-cotidiano, acabo de entrar no meu inferno astral.
Ainda não é tudo, de todos os meus profundos desejos, tanto quanto ter casa própria e ser bem sucedida, é nunca mais depender do transporte público, pelo menos não na hora do rush. E, enquanto a realidade não é toda a minha vontade, projeto meus projetos. É tudo que posso fazer agora e nos próximos 40 dias de inferninho astral e transição do ano numerológico.

9 de setembro de 2008

Raiva.

Tereza, minha nova personagem e história de ficção acabara de nascer, e também, morrer. Estava concluindo o final da vida de Tereza com Ubaldo quando de repente o computador fechou tudo, todas as janelas e programas abertos e nem me deu sinal de vida. A merda do Word não salvou o romance, matou minha personagem e se quer me deu satisfação. Estou puta da vida, e reescrever agora me dá mais nervoso. Talvez amanhã, mas com certeza não sairá como as primeiras letras jogadas. Raiva, muita raiva. Vou voltar para o papel e a caneta, tecnologia de merda.

2 de setembro de 2008

Dois quilos e duzentos gramas

Inacreditavelmente, e pela primeira vez, tive dificuldades em fechar minha calça preferida. Suspeitei que havia algo errado, de repente, minha mãe pode ter lavado a calça e como bem sabemos, após a lavagem a vestimenta sempre fica mais justa no corpo. Mas, pro meu azar minha genetriz não havia lavado, logo, vesti outra calça, passei numa farmácia e me pesei; o resultado foi surpreendente para quem nunca teve problemas com peso.

Em um mês ou menos que isso, 20 dias praticamente, engordei dois quilos e duzentos gramas. Parece pouco escrito, mas na balança e no corpo esse número dobra, a ponto da calça quase não fechar.

Espantada com o peso adquirido em tão pouco tempo, mas ainda, não-muito-preocupada comentei com um dos meus amigos (mais engraçados) e ele deu o seu pitaco, claro.

- Brubis, cê acredita que engordei dois quilos esse mês?
- Nossa, Cax. Mas, acho que você tá bem assim.
- É, só não posso manter esse ritmo de engordar dois quilos ao mês.
- Mas você ta transando?

Uma pausa para o quase riso

- Por que?
- Ué, pode ser barriga.
- Barriga? E transar da barriga?

Nisso entra Diane ou Dix, a terceira integrante da conversa que se espanta e pergunta.

- Nossa, sério que transar da barriga?

Com a réplica e resposta, Brubis:

- Dá, claro. Barriga de grávida.

A gargalhada foi clara e inevitável, mas a barriga – de grávida – fica só no humor do Bruno, porque até onde tenho certeza, eu não, não, estou grávida. Vai ver, os dois quilos e duzentos gramas ganhos foi à resposta do meu corpo para comemorar a postagem número 200 do blog. Essa é, praticamente, a segunda vez que comemoro o número, porque depois do atentado o D’propósito nasceu de novo e, agora, refaz seu número de 200 posts. Enquanto isso, o corpo acompanha o D’propósito, mas acho que os quilos param por aqui, o número de postagens, não.